A Globo estreiou, recentemente, pelo menos três novas séries que considero, no mínimo, interessantes. Bons textos, boas sacadas, às vezes bem montados… Só não me parecem preencherem o perfil do gosto popular – o que deve fazer com que durem pouco tempo, como normalmente ocorre mesmo.

As Cariocas

Inspirada na obra homônima de Sérgio Porto, a série narra uma personagem por episódio, traçando algum perfil feminino típico (ou não) de algum bairro carioca. Deve ser mais interessante pra que mora no Rio, e conhece cada um desses “tipos”, mas é legal… Serão dez no total. Já foram quatro. E nem preciso dizer que o melhor foi o protagonizado pela Paola Oliveira, né?

O problema da série é que ela vem, na programação, na sequência de Casseta & Planeta, que é simplesmente impossível de assistir! Normalmente durante o “humorístico” (alguém realmente ri com aquilo?) eu mudo pra Band, pra acompanhar A Liga, e às vezes me esqueço de voltar, ou volto com o episódio pela metade já.

Vou aproveitar e confessar uma coisa nada a ver: embora eu considere o povo carioca muito mais interessante, por exemplo, que os paulistas – mais cultos, em média, com papo mais interessante e cabeça mais aberta e menos preconceituosa – eu não vejo na figura da mulher carioca, enquanto mulher, é claro, nada muito diferente em relação a outras não. Claro, há belas e interessantíssimas, mas se for para me basear em perfis estereotipados, eu diria que pernambucanas, mineiras e goianas “fazem mais meu tipo”… Claro, sem contar as paulistas, pra evitar confusão… hehe.

Clandestinos

A origem de Clandestinos é exatamente o que é mostrado na série: uma seleção de atores. A partir daí foi criada a peça teatral, em cartaz desde 2008. Infelizmente nunca tive a oportunidade de ver no teatro, mas gostei da adaptação pras telinhas. Boas histórias, bons e novos rostos… Enfim, um pouco de novidade na TV! Pena que no Brasil essas não sejam qualidades desejadas pelo grande público.

Afinal, o que querem as mulheres?

Luiz Fernando Carvalho, diretor da microsérie, é o mesmo de Capitu (que aliás, adoro). E mais uma vez ele escolheu para fazer o protagonista o Michel Melamed. E não poderia ser outro mesmo! Melamed, de quem admiro o trabalho desde o Regurgitofagia, tem o perfil perfeito para esse tipo de papel, especialmente nas montagens do Luiz Fernando Carvalho, onde as introspecções do personagem são fundamentais. Na série, ele vive o escritor André Newman, cuja tese pretende responder à pergunta que dá nome à história. Sua paixão? Lívia, vivida por Paola Oliveira. Tem como não se identificar?

O resto do elenco é muito bom também. As mulheres, lindas! Além da Paola, terá Letícia Sabatella, Maria Fernanda Cândido, Letícia Spiller, entre outras. O único porém é que no primeiro episódio achei que em alguns momentos a narrativa “perdeu o ritmo”. Cenas que, claro, são importantes para traçar o perfil dos personagens, mas que quebram aquele dinamismo típico do diretor.

Mas vale conferir.

anderson

2 Responses to “Séries Globais: um pouco de cultura no plim-plim”

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