Djavan é daqueles artistas que causam amor ou ódio nas pessoas. Ou talvez não seja bem ódio, mas sim tédio. Mas eu estou no primeiro time, embora já tenha passado por fases mais “Djavan”.

Para quem gosta, dou uma dica importante: vá atrás das originais. Quase todas as músicas mais populares do cantor ficaram conhecidas por versões ao vivo, acústicas, ou algum rearranjo-anos-90. Ou ainda por regravações de outros cantores. Mas eu gosto mesmo é das originais!

A música abaixo eu só conheço a versão original. Talvez não esteja entre as mais pops, embora dê título ao melhor dos “LPs” do Djavan, de 1982. Mas deve lhe soar familiar. E é ótima!

Luz
Djavan

No burro a canga, na menina a tanga
O verde do mar é um
Verde num tom quase azul
Do infinito ao zoom
Marelou, Candomblé, Oxum
Zamburar pra tirar egum
O que não se vê tá aí
Como tudo o que há

Minha fé riu-se de mim
Pelo quanto triste eu falei de dor
Como se no fundo da dor
Não vivesse a paixão

Mal-me-quer
A vida segue seu lamento um tanto flor
Um leito de rio no cio
Um cheiro de amor

É amor quando não diz
É fogo por um triz
Um trem entrou no meu eu
E divagou feliz
E na dor eu passo um giz
Arco-irisando a solidão
Na lição que o sol me traduz:
Viver da própria luz

anderson

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