A primeira vez em que almas se encontram é quando tudo realmente acontece. Os bons momentos, as boas sensações, as conversas inesgotáveis, os gostos comuns, as bobagens que serão lembradas por toda uma vida, com um perpétuo gostinho de quero mais.
No segundo encontro das almas há certa magia inicial. Após longa distância física, enfim o mutuamente desejado reencontro. E logo, a alegria de poder reviver todo o velho encantamento é substituída pela triste constatação de que algo ficou perdido nos distintos caminhos, às vezes antagônicos.
O terceiro encontro já não é de almas, apenas físico, e ainda assim, distante. No lugar da empatia, a apatia. Ali já não há mais nada, no máximo um incômodo constrangimento de tanta confidência e intimidade trocadas com um, agora, estranho. E talvez a lição para vigilarmos nossas melhores relações, a fim de que elas permaneçam sempre em seu primeiro, único, e aí sim, quem sabe, eterno encontro de almas.
Providencial, Ândi. E eu não poderia concordar mais.
:*
Thanks 🙂
So cruel, but true.
É, pode ser, mas eu penso que existe um motivo mais profundo para o tal encontro ou reencontro de almas… o problema é que somos muito infantis para saber lidar com tal complexidade e acabamos por colocar tudo a perder, até chegar no belo e triste terceiro parágrafo.
Sim, pode ser. Na verdade, uma coisa não exclui a outra. Talvez até ajude a explicar. Não sabemos lidar, não zelamos, ou nos atrapalhamos ao fazê-lo, e aí a desconexão se dá. Depois fica difícil o reencontro.