Texto escrito para o Mondo Redondo, em 23/11/2003. Um dos meus preferidos dos bons tempos mondanos.
Somos feitos de palha. Quanto mais sabemos, mais ignoramos. Ignorantes, fugimos de tudo que nos exponha ao calor de algo intenso. A chama não nos chama.
Somos feitos de lata. Em todas as situações em que a vida nos permite escolha, a razão prevalece ao coração. Embora sejamos sedentos por amor, por amar, é mais seguro manter sobre nós o guarda-chuva que nos protege do bem e do mal. Não há bonança, mas não há tempestade.
Somos feitos de medo. Medo do novo, do incerto. Medo do fogo, da água, mas sobretudo de nós mesmos.
Somos feitos de pó, e em pó nos resumiremos ao fim.
Ahhhhhhhhhhhh, eu gostava tanto desse!
E outros também daquela época.
Muito bom reler.
Beijos…
Quando fui procurar, deparei-me com o conto de 4 de Julho. Lembra? rs
Muito bom relembrar este texto. E aquela época também.:)
Abração!
Estamos saudosos. Hehe. Preciso colocar todos esses textos no ar de novo.
Não é do meu tempo, mas com certeza dos que me fizeram acompanhar o movimento daquela janela…
Afinadíssimo. Sou fã! :*